segunda-feira, 27 de abril de 2009




Particularmente, eu não sou muito fã da Martha Medeiros, mas recebei este texto por e-mail e gostaria de dividir com vocês:



Em Londres um pub está fazendo sucesso porque instalou para seus clientes uma cabine telefônica com uma sonorização peculiar: enquanto a pessoa fala ao telefone, pode acessar o som de um congestionamento, com muito buzinaço.

Ou pode acessar o som de um ambiente de escritório. Toda essa parafernália é para que quem esteja do outro lado da linha não identifique o som do bar.

Assim o bebum pode dar uma desculpa esfarrapada e chegar em casa sem levar uma descompostura, afinal, estava trabalhando até tarde, o coitado, e ainda por cima ficou preso num engarrafamento depois.

Essa cabine telefônica com efeitos especiais só vem demonstrar que os bares andam muito moderninhos, mas os casamentos continuam parados no tempo, mesmo na vanguardista Inglaterra. "Só vou se você for" segue na moda. Enquanto isso a hipocrisia deita e rola.

Muitas pessoas ainda têm uma idéia convencional do casamento: encaminham-se para o altar como quem encaminha-se para o supermercado em busca de um produto pronto, industrializado, com um rótulo dando as instruções de como utilizá-lo, e parece que a primeira instrução é: nenhum dos dois têm o direito de se divertir sozinho ou com os amigos, a menos que o cônjuge esteja junto.

Não é de estranhar que os prazos de validade do amor andem cada vez mais curtos.

Não há paixão que resista ao grude.

Não há paciência que resista à patrulha.

Não há grande amor que prescinda de outras amizades.

Sair sozinho para beber com os amigos deveria ser um dos 10 mandamentos para uma união estável, valendo para ambos os sexos. Quem não gosta de bar pode substituir por futebol, cinema, shows, sinuca, saraus ou o que o Caderno de Cultura sugerir.

E não perca tempo lamentando por aquele que vai ficar em casa. Provavelmente ele vai se divertir tanto quanto. Ouvir música, ver televisão, ler livros, abrir um vinho, tomar um banho de duas horas, navegar na internet, dormir cedinho, tudo isso também é um programação.

Quem não sabe ficar sozinho não pode casar, sob pena de transformar o matrimônio num presídio para dois. Tem muita coisa em Londres que eu gostaria de ter aqui: parques mais bem cuidados, mais livrarias, mais respeito à individualidade, melhor transporte público, prédios mais charmosos. Só dispensaria o clima e esse pub pra lá de vitoriano, onde pessoas adultas são incentivadas a inventar um álibi para justificar um atraso.

Atraso é ter que mentir para que o outro não perceba que você está feliz.

martha medeiros
Acredito que cada um precise de um momento só seu, mas dispenso a parte de ir a determinados lugares sozinhos.Sim eu confio no meu marido. Mas deixar ele sozinho em um lugar cheio de mulheres bonitas e produzidas cheias de más intenções, bem capaz!Assim como ele não permitiria que eu saísse sozinha em um pub, pois sabe que eu chamo a atenção. Tudo tem limite.Hipótese fora de cogitação.Acredito que este tipo de coisa tem que ser estudado antes de assumir um compromisso com a pessoa.Eu por exemplo, jamais daria certo com um baladeiro de pantão, ou um fanático por futebol.Então procurei alguém que não tivesse estas características. Meu marido é calmo, gostamos de assistir filme, ir no shopping, sair para jantar...Tudo é algo a ser combinado e discutido.E vcs o que acham?

 
Cantinho da Debora - by Templates para novo blogger 2007